Novamente, no dia 21 de fevereiro de 2010, domingo, após o carnaval, realizei a minha visita para obtenção de dados para a monografia. Desta vez era a vez da comunidade de Santa Tereza, um dos maiores distritos da cidade de Aracati-CE.
Acordei, como de costume, cedinho e caminhei até a parada das “Kombis” para ir até o local. Por coincidência, encontrei com Ângela (Estrelinha), que estava indo visitar uma tia lá.
Cheguei por volta de 09 horas da manhã, e a surpresa: a reunião do Sindicato ainda não tinha começado, pois estavam todos esperando por mim.
A Marta me recebeu e apresentou-me aos que estavam presentes àquela reunião – um número bastante elevado – e falou o porque da minha presença naquele encontro.
Fiquei imensamente satisfeita em saber que quase todas as pessoas daquela comunidade participam da agricultura. Lá a agricultura está bastante enraizada, aliás, eles sobrevivem somente do que produzem, e os fazem isso o ano inteiro – ininterruptamente de janeiro a janeiro.
Apresentei-me novamente, e a reunião fluiu muito bem, com perguntas e relatos pessoais, sobre segurado especial e regime de economia familiar. Eles lá são uma comunidade bastante evoluída. Sabem dos seus direitos e deveres, e ainda mais, buscam isso com firmeza. Diferentemente da outra comunidade visitada em janeiro.
Como também, possuem uma Delegacia do Sindicato dos Trabalhadores Rurais bastante engajada. A delegacia de lá é uma das primeiras a ser regularizada, mesmo na época da Ditadura Militar, no ano de 1965. O que é um dado bastante curioso.
A reunião foi maravilhosa, creio que todos tenham gostado. Eu particularmente amei. Observei a presença maciça de pessoas interessadas e organizadas. Além de ver um sindicato forte.
Houve um momento em que o Delegado, Sr. Augusto, um senhor de mais de 70 anos de idade, pediu para que todos ficassem de pé para fazerem uma oração e falou da importância de ainda se lutar pela terra. Emocionante demais!
Depois da minha explanação, a reunião do sindicado continuou, com a leitura da ata e assinatura dos presentes. Logo após realizei minha colheita de dados e entrevistas. Terminamos por volta das 12:30 horas da tarde.
Sem contar, da presença de Deus na minha vida. Não teria como voltar para casa naquela hora, até que Ângela me convidou para almoçar na casa da Tia dela, D. Jacinta – um amor de pessoa, que por sinal, trabalhou muito tempo com meu tio João na Teleceará e é também muita amiga da minha família.
Voltei para casa às 16 horas muito feliz e com sentimento de dever cumprido.
Como se observou. Tudo correu perfeitamente bem...
Um dia maravilhoso! Sem sombra de dúvida!
