sábado, 25 de setembro de 2010

In music

Acordei hoje cantando a música de Belchior: Alucinação, uma das que mais gosto dele.

Vale a pena postar! Curtam também!

ALUCINAÇÃO
(Belchior)

Eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Nem em tinta pro meu rosto ou oba oba, ou melodia
Para acompanhar bocejos, sonhos matinais

Eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Nem nessas coisas do oriente, romances astrais
A minha alucinação é suportar o dia-a-dia,
E meu delírio é a experiência com coisas reais


| Um preto, um pobre, um estudante, uma mulher sozinha
|
| Blue jeans e motocicletas, pessoas cinzas normais
Refrão: |
| Garotas dentro da noite, revólver: cheira cachorro
|
| Os humilhados do parque com os seus jornais

| Carneiros, mesa, trabalho, meu corpo que cai do oitavo andar
|
| E a solidão das pessoas dessas capitais
|
| A violência da noite, o movimento do tráfego
|
| Um rapaz delicado e alegre que canta e requebra, é demais
|
| Cravos, espinhas no rosto, Rock, Hot Dog, "play it cool, Baby"
|
| Doze Jovens Coloridos, dois Policiais
|
| Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
|
| Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida

Mas eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia
Amar e mudar as coisas me interessa mais
Amar e mudar as coisas, amar e mudar as coisas me interessa mais

| Um preto, um pobre, um estudante, uma mulher sozinha
|
| Blue jeans e motocicletas, pessoas cinzas normais
Refrão: |
| Garotas dentro da noite, revólver: cheira cachorro
|
| Os humilhados do parque com os seus jornais

| Carneiros, mesa, trabalho, meu corpo que cai do oitavo andar
|
| E a solidão das pessoas dessas capitais
|
| A violência da noite, o movimento do tráfego
|
| Um rapaz delicado e alegre que canta e requebra, é demais
|
| Cravos, espinhas no rosto, Rock, Hot Dog, "play it cool, Baby"
|
| Doze Jovens Coloridos, dois Policiais
|
| Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
|
| Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida

Mas eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia
Amar e mudar as coisas me interessa mais
Amar e mudar as coisas, amar e mudar as coisas me interessa mais

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

In verbis

É tão engraçado como as coisas no Brasil parecem ser "arrumadinhas" demais. Falo em relação a tudo, inclusive agora, com o julgamento da validade da Lei Ficha Limpa para eleições deste ano. Primeiro, o Congresso Nacional quase não a aprova. Segundo, a tramitação dela segue contendo muitas brechas. Terceiro, um candidato a governandor do Distrito Federal - Joaquim Roriz - entra com um recurso extraordinário no STF pedindo a inaplicabilidade da Lei Ficha Limpa nas eleições deste ano. Quarto, no plenário do STF só existe 10 ministros. Quinto, o recurso deveria ter sido uma ADIN para se julgar a inconstitucionalidade e não extraordinário. Sexto, o que é de assustar ainda mais, a votação foi suspensa pelo empate de 5 x 5. Será que isso não foi combinado??? Pois estamos em cima da eleição, e isso precisaria ser julgado rápido. Daí, com esse empate, ou o Ministro Cezar Peluso dá seu voto de minerva, ou considar-se -ão julgada a questão, proclamando solução contrária a pretendida, ou seja, a favor da ficha limpa; ou esperarão o término da eleição para escolha de um novo ministro para retorno do julgamento. Bem arrumadinho não foi isso???
O esquema foi todo montado. Na minha opinião, não se tem para onde correr, porque "se correr o bicho pega e se ficar o bicho come". Não há alternativa, se o Peluso votar novamente, teremos a inaplicabilidade da lei nesta eleição, se se aguardar, teremos uma série de recursos com pedido liminar montoando-se nos Tribunais até o dia da eleição, ou teremos a aplicabilidade da Lei Ficha Limpa ainda nestas eleições, o que para mim é bem difícil de acontecer.
Estou me sentindo insegura juridicamente. Temos um Congresso, com políticos que só buscam seus interesses pessoais e não do povo bem claramente evidenciado. Temos também um STF, que deveria ser o guarda maior da Constituição, esquivando-se da responsabilidade de julgar sobre uma questão tão importante, que é probidade administrativa.

Bem, Brasília é mesmo um faz de conta e tudo está lá mesmo... infelizmente!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

In versos

Aquele que está ressonando em meu aposento, livre e descontraído; aquele sim, é o meu amor!
Na ruptura dos pensamentos vagos, na sutileza das ações é que o encontro.
Amor simples. Amor vão. Amor indecifrável.
Encontro da pureza, sinonimada de alma.
Amor que salta dos poros
Amor bestificado ao silêncio das palavras
Que é traduzido no olhar

Olhar quente e ao mesmo tempo doce
Olhar complacente
Perdoando-me
Devorando-me
Deixando-me inteira

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

In prosa

LAS FANFARLOS – versão brasileira

Fanfarlo é a personagem principal do livro de Charles Baudelaire, intitulado de La Fanfarlo, livro este, em língua francesa, traduzindo com perfeição a alma boêmia dos franceses.
Fanfarlo é uma bela dançarina de teatro, que aguça os sentimentos mais humanos de seus expectadores homens e provoca a ira das mulheres, que sempre vão prestigiar seu encantamento efervescendo as noites francesas.

La Fanfarlo, ou melhor, “Las Fanfarlos”, também poderiam ser as personagens emblemáticas das noites mossoroenses. Duas garotas ávidas por aproveitar a vida e o que ela tem de boa. Digamos que elas mais parecem cinderelas ao revesso, pois costumam sair de seus aposentos a partir da meia noite, assim, degustam do cair da noite e do nascer de um novo dia, com a hesitação de como quem acaba de descobrir ouro em minas raras.

Eis que “Las Fanfarlos” entram em cena diversificadamente. Há noites de encenação estilos rock, outros dias clássicos, um bom reggae, até cair na melhor música brasileira, passando pelo pop e até forró bem escondido!

Elas partem rumo ao seu destino a partir das zero hora, porque acham interessante não serem consideradas cinderelas. Elas preferem acabar o encanto, para só assim encantarem em locais nunca antes visitados.

Há quem diga que “Las Fanfarlos” estão apenas bebendo o gole da musicalidade e descobrindo a boemia. Mas elas apenas se deliciam com as aventuras nas madrugadas aos finais de semana, com direito de assistir ao entardecer na praia, de preferência, bem nas quebradas, ao som de uma banda inominada.

Aproveitam a vida inusitadamente. Elas se divertem muito ao relembram uma para outra, na manhã seguinte, as aventuras da madrugada anterior, com muitas risadas. É macarronada às 02h da madrugada, misturada com roncar do estômago. É filme em data show às 03h... É cerveja com chocolate, e na xícara! Risos, por favor! É balé ao som de thriller. É composição de música com caldo e violão, combinação mais que perfeita. É fuga à carroça desembestada aos gritos de socorro! É confidência. É lágrima. É tristeza. É, sobretudo, alegria! É não perder mais nenhum batuque, nem que seja lata tocando na esquina, mas se for ao som de violino, e cantando Pixinguinha, Tom, Vinícius, Chico... aí é bem melhor! E como! É filme e sempre com a pergunta: estás chorando? E a outra responde: tô! É fotografia à noite. É susto e o pulo da cama e da rede com os cabelos assanhados ao descobrir que tem um escorpião subindo na parede. - Ah! Nós estamos correndo risco de vida! Depois surge uma crise enorme de riso ao saber que o escorpião não passa de uma pequena aranha... Oh! Meu Deus! É a procura do gato miando no dia da falta de energia. É aventura no supermercado; encenação perfeita: trajadas de roqueiras, elas se divertem e riem copiosamente ao ver que ambas ganharam a aposta, feita antes de chegar. É também a aposta com R$5,00 de desconto na noite de bolero com o Trio Irakitan. Que maravilha! É estudo das 22h às 00h. É assobios ao chegar em casa. A outra bem que tentava fazer o mesmo, mas não conseguia acompanhar. É café extra-forte às 21h acompanhado de um bolar na cama sem conseguir dormir por causa dele. É aprendizagem. É delicadeza. É não largar a identidade para não perder a prova. É primeiro banho de rio na Barragem das Pedrinhas. Pense no batismo! São sinais em todo canto, até mesmo no final do domingo, na missa em Limoeiro e todas se entreolhando morrendo de rir: “um grande sinal apareceu no céu”. São a aventuras em Tremembé... É não conseguir chegar em casa fingindo não correr muito risco disfarçando com distrações e gargalhadas perdidos num posto de gasolina. É chegar a Aracati apenas às 7h da manhã. Que quarteto fantástico! É retribuição. É a divisão. É AMIZADE em letra maiúscula. É o entupimento de comida. É o repartir. É com licença. Vips na Favela Lounge elas dançam, cantam e se divertem ao som da banda sem nome e no vocal um blackpowerzão, meio negro, meio índio. É cerveja grátis. Oba! É a dança da mulher supostamente bêbada. É poema na parede do banheiro. Pensamentos bem “lounges” (risos). É o não compre mais cerveja! - Nós não temos mais dinheiro e não teremos como chegar em casa. É o qualquer coisa a gente para lá em vovó... e de repente, mas que de repente, algumas moedas brilharam e uma voz disse: “tenha calma”. É o grude do batera e uma atenção paciente com a outra dizendo que não agüenta mais. É noite de reggae na nº1. É o num vai apertar não? É o sapatinho de cristal da cinderela ao avesso quebrado e um gay bêbado pedindo para tocar Luan Santana. Ui!! É a toda-poderosa-dama: traga-me um copo, por favor! Podre de chique! É rock no Quintura! É arte. É música. É literatura. É a versatilidade em pessoa. É acima de tudo: a tradução ideal da palavra cumplicidade.

Assim são “Las Fanfarlos”. Maravilhosamente gentis. Incrivelmente humanas. São duas meninas-mulher ou mulheres-menina, como queiram decifrar os espectadores. O mais importante de tudo isso, é que elas sabem que este pequeno texto não chega a revelar os pormenores, as entrelinhas, os detalhes de tudo que se viveu e que ainda se vive. É bom que isso não aconteça, porque assim terão muito motivos ainda para rir, com a tentativa dos leitores em quererem descobrir estes detalhes “sórdidos” (risos) e que só elas podem saber. “Coisas perigosas de se tocar”. Que um dia, quem sabe, revelarão. Para seus filhos? Ou para os netos? Uma autobiografia? Ou uma peça de teatro? Uma música? Ou um poema? Só o tempo dirá!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

In music

Essa letra surgiu naturalmente na noite do dia 07 de setembro de 2010, no nosso pequeno refúgio: apê de Raíssa. Depois de um caldo feito por mim e os pães levados por Franzé e as maçãs de Raíssa (risos).

A música não saiu, porque Raíssa e eu queríamos um blues e Franzé algo meio Raul, meio Belchior, então, ficou a letra.
Adoro a companhia de vocês, meus amigos! Franzé - um ateu convicto - como ele gosta de dizer sempre, uma pessoa da qual não esquecerei. Amizade nasce assim e ponto final!

Meu pequeno blue
Letra: Franzé, Raíssa e Mirella

Me controlo mesmo na cólera da vida
Preciso arrancar meu coração
E colocá-lo nas nuvens.
O céu ficou vermelho e hoje choverá sangue.
Dessa dor que dilacera o meu peito
E me deixa insano.

Insano, insano, insano
Sigo insano...
Insano, insano, insano
Sigo insano.

Dê-me o verde desse líquido, por favor!
É a cor da minha fuga.
É a essência da mistura
Que trará o blue da felicidade.

Insano, insano, insano
Sou insano...
Insano, insano, insano
Sou insano.

In verbis

EM BREVE, TEXTO DAS FANFARLOS! AGUARDEM!!!!!

domingo, 5 de setembro de 2010

Uma tarde de domingo maravilhosa ao som de violino e violão

Fábio - professor do meu irmão Eugênio no conservatório - tocando maravilhosamente






Mossoro-RN, 05 de setembro de 2010.

Ah.... viver em potência 2.5

Como a vida é engraçada. Há pouco tempo estava aqui a falar da minha tristeza em morar aqui, agora venho novamente para dizer o contrário. Estou me redescobrindo e ao mesmo tempo descobrindo o lado maravilhoso de morar sozinha e aqui em Mossoró. Volto resgatar o meu "eu", que andava meio perdido. Mas aqui venho expor minha gratidão à grande amiga Raíssa, pessoa responsável por esta (re)descoberta. É.. Marri Raíssa... a vida é mesmo engraçada! Eu quero é viver! O resto a gente ajeita! (risos)

Logo, logo sairá o texto das Fanfarlos, com todos aqueles detalhes, que você insiste em não esquecer. E eu digo: nem eu! (mais risos)

sábado, 4 de setembro de 2010

In frase de efeito

"Um homem que, desde o início do namoro, está voltado para ele mesmo e para as próprias necessidades provavelmente não será um bom companheiro"
Sherry Argov