quinta-feira, 15 de setembro de 2011

In prosa

Discurso lido no lançamento do livro do meu amado Moacir Morran, realizado no dia 09 de setembro do corrente ano, no Memorial da Carnaúba, Jaguaruana-CE.
Um final de tarde inesquecível e emocionante!
Parabéns Moacir!


Jaguaruana-CE, 09 de setembro de 2011.



Quando conheci Moacir, no final de 2004, logo percebi sua veia artística. Não constatei isso somente pelo seu modo autêntico de se vestir, mas pelas ideias que circulavam em sua mente. Logo ficamos amigos e pude acompanhar sua trajetória poética e de pesquisador.
Além disso, pude acompanhar um pouco do seu amor por esta cidade. Jaguaruana é sua fortaleza, é sua primeira mulher, não só porque é aqui que residem suas raízes, mas também, porque é aqui que habita sua vontade de vencer e de construir seu legado. Preocupa-se com a história e os deslindes sócio-políticos do município, que para muitos parece até estranho, mas com o passar do tempo percebe-se que se trata de um amor incondicional ao seu berço inicial.
Acredito que o título de seu livreto-cordel, intitulado de “Saudade de minha amada” é uma homenagem a Jaguaruana, pois como a arte tem o dom de ser livre para interpretações, creio que um olhar mais aprofundado para a obra pode-se constatar isso. Os versos de saudade são a expressão maior do que se sente, ainda mais quando se passa tanto tempo distante. E Já são tantos anos...
Por isso, Moacir, beba este dia em que você volta aos braços da sua amada, na presença das pessoas que lhe são caras, com bastante alegria! Parabéns por esta conquista e que nós possamos comemorar consigo muitos outros prêmios!

Mirella Costa de Lima

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

In verbis

Nunca mais esquecerei daquelas sete primeiras palavras...

In "anima" ou "spiritus"

Nada, absolutamente nada acontece por acaso e essa constatação tem-se tornado habitual observando mais atentamente os fatos, em mínimos detalhes, ocorridos nos últimos dois meses.
Sabemos que nosso corpo é formado por matéria e a matéria por si só não nos faz humanos. Além da existência desta, temos algo, que nos torna divinos: alma - para alguns chamado de espírito. É exatamente a existência desta última que nos torna humanos e que nos faz perceber que os fatos ocorridos conosco não acontecem por acaso. Uma energia, uma força superior domina tudo e mesmo que tenhamos o livre arbítrio ela estará presente, pois creio que na existência de "força superior" já está mais que explícito que nossas ações derivam de vontade que não nos pertence, mesmo sendo responsáveis 'indiretamente' por ela. Esse pequeno esboço é apenas para poder falar dos sinais emitidos por Deus (ser superior que independe de religião) que só agora aprendi a perceber.

Falarei nos próximos textos. Aguardem!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

In verbis

Saudade para mim mudou de nome. Tornou-se conformismo. E esta palavra tem significado nos dicionários de todas as línguas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

In verbis

Preciso ler este trecho do Livro: O Valor do Amanhã, de Eduardo Giannetti, todos os dias! Lindíssimo!

"Os indivíduos perecem, mas a sociedade a que pertencem - obra aberta que une na mesma trama os valores dos mortos, dos vivos e dos que estão por vir - segue em frente.

O passado condiciona; o presente desafia; o futuro interroga. Existem três formas básicas por meio das quais podemos preencher com pensamento o vácuo interrogante do porvir. A previsão lida com o provável e responde à pergunta: o que será? A delimitação do campo do possível lida com o exeqüível e responde à pergunta: o que pode ser? E a expressão da vontade lida como desejável responde à pergunta: o que sonhamos ser?

As relações entre esses modos de conceber o futuro não são triviais. De um lado está a lógica: o desejável precisa respeitar a disciplina do provável e do possível. Mas, do outro, está o sonho. Se o sonho desprovido de lógica é frívolo, a lógica desprovida de sonho é deserta. Quando a criação do novo está em jogo, resignar-se ao provável e ao exeqüível é condenar-se ao passado e à repetição.

No universo das relações humanas, o futuro responde à força e à ousadia do nosso querer. A capacidade de sonho fecunda o real, reembaralha as cartas do provável e subverte as fronteiras do possível. Os sonhos secretam o futuro.”

sábado, 25 de setembro de 2010

In music

Acordei hoje cantando a música de Belchior: Alucinação, uma das que mais gosto dele.

Vale a pena postar! Curtam também!

ALUCINAÇÃO
(Belchior)

Eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Nem em tinta pro meu rosto ou oba oba, ou melodia
Para acompanhar bocejos, sonhos matinais

Eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Nem nessas coisas do oriente, romances astrais
A minha alucinação é suportar o dia-a-dia,
E meu delírio é a experiência com coisas reais


| Um preto, um pobre, um estudante, uma mulher sozinha
|
| Blue jeans e motocicletas, pessoas cinzas normais
Refrão: |
| Garotas dentro da noite, revólver: cheira cachorro
|
| Os humilhados do parque com os seus jornais

| Carneiros, mesa, trabalho, meu corpo que cai do oitavo andar
|
| E a solidão das pessoas dessas capitais
|
| A violência da noite, o movimento do tráfego
|
| Um rapaz delicado e alegre que canta e requebra, é demais
|
| Cravos, espinhas no rosto, Rock, Hot Dog, "play it cool, Baby"
|
| Doze Jovens Coloridos, dois Policiais
|
| Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
|
| Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida

Mas eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia
Amar e mudar as coisas me interessa mais
Amar e mudar as coisas, amar e mudar as coisas me interessa mais

| Um preto, um pobre, um estudante, uma mulher sozinha
|
| Blue jeans e motocicletas, pessoas cinzas normais
Refrão: |
| Garotas dentro da noite, revólver: cheira cachorro
|
| Os humilhados do parque com os seus jornais

| Carneiros, mesa, trabalho, meu corpo que cai do oitavo andar
|
| E a solidão das pessoas dessas capitais
|
| A violência da noite, o movimento do tráfego
|
| Um rapaz delicado e alegre que canta e requebra, é demais
|
| Cravos, espinhas no rosto, Rock, Hot Dog, "play it cool, Baby"
|
| Doze Jovens Coloridos, dois Policiais
|
| Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
|
| Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida

Mas eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia
Amar e mudar as coisas me interessa mais
Amar e mudar as coisas, amar e mudar as coisas me interessa mais

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

In verbis

É tão engraçado como as coisas no Brasil parecem ser "arrumadinhas" demais. Falo em relação a tudo, inclusive agora, com o julgamento da validade da Lei Ficha Limpa para eleições deste ano. Primeiro, o Congresso Nacional quase não a aprova. Segundo, a tramitação dela segue contendo muitas brechas. Terceiro, um candidato a governandor do Distrito Federal - Joaquim Roriz - entra com um recurso extraordinário no STF pedindo a inaplicabilidade da Lei Ficha Limpa nas eleições deste ano. Quarto, no plenário do STF só existe 10 ministros. Quinto, o recurso deveria ter sido uma ADIN para se julgar a inconstitucionalidade e não extraordinário. Sexto, o que é de assustar ainda mais, a votação foi suspensa pelo empate de 5 x 5. Será que isso não foi combinado??? Pois estamos em cima da eleição, e isso precisaria ser julgado rápido. Daí, com esse empate, ou o Ministro Cezar Peluso dá seu voto de minerva, ou considar-se -ão julgada a questão, proclamando solução contrária a pretendida, ou seja, a favor da ficha limpa; ou esperarão o término da eleição para escolha de um novo ministro para retorno do julgamento. Bem arrumadinho não foi isso???
O esquema foi todo montado. Na minha opinião, não se tem para onde correr, porque "se correr o bicho pega e se ficar o bicho come". Não há alternativa, se o Peluso votar novamente, teremos a inaplicabilidade da lei nesta eleição, se se aguardar, teremos uma série de recursos com pedido liminar montoando-se nos Tribunais até o dia da eleição, ou teremos a aplicabilidade da Lei Ficha Limpa ainda nestas eleições, o que para mim é bem difícil de acontecer.
Estou me sentindo insegura juridicamente. Temos um Congresso, com políticos que só buscam seus interesses pessoais e não do povo bem claramente evidenciado. Temos também um STF, que deveria ser o guarda maior da Constituição, esquivando-se da responsabilidade de julgar sobre uma questão tão importante, que é probidade administrativa.

Bem, Brasília é mesmo um faz de conta e tudo está lá mesmo... infelizmente!