Eu já me acostumei com a solidão - essa amiga diária, de tantos anos. Eu não a escolhi para ser minha companheira, ela apenas chegou silenciosamante e ficou. Hoje, já não saberia viver sem sua companhia. Ela é a minha garantia de sobrevivência nos dias de cão, ou melhor, nesses intermináveis dias de cão. Ela é minha fortaleza e minha conselheira (a melhor). Ela me traz tranquilidade, quando na verdade, tudo é inquietação: escolhas, deveres, responsabilidades, ausências... longas ausências...
Não é fácil tê-la tão presente, e como foi difícil superar cada estágio. Faz tanto tempo... tempo que nem sei contar, tempo que eu nem imaginava pertencer. Ela me pertencer. Só sei que ela arrematou-me completamente.
Agora eu penso: serei louca em "gostar" de conviver com a solidão?
Serei louca em admitir ser-lhe sua companheira e/ou vice e versa?
Será que neste barco eu navego sozinha?
Será que existe um tempo para lhe adquirir?
Ou serei eu prematura?
Que venha o futuro de um único dia a desvendar toda este mistério. Que o tempo possa dizer o que ele quer. E logo!
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