quinta-feira, 13 de maio de 2010

In prosa

Oração para o Senhor Tempo

Tempo onde estás quando te preciso?
Iludiu-me aos poucos, trazendo-me felicidades que não me pertencia.
Ainda lembro daqueles dias em que trazia em meio peito verdades inocentes e que me acalmavam. Que me acalentavam...

Tempo - senhor da razão, traga de volta a calmaria dos meus dias. Faz-me caminhar como antes, pelas areias da tua segunda morada. Traga de volta a sina que antes não entendia. Traga de volta a minha vida de alegria!

Tempo... não me martires mais, desvencilhando fatos pretéritos que já sucederam. Não quero mais descobrir tua razão! Antes pensar como criança! Apagando os dias e vivenciando outros! Antes beber tudo num gole só! Embriagar-me em delírios insanos... santos e tão necessários!

Tempo... fazemos um pacto? Eu solto a tua mão e tu me deixas caminhar... mesmo sabendo que tu voltarás, deixe-me um pouco quieta. Não! Deixe-me livre! Deixe-me absover o teu raciocínio. Voltes só quando eu te chamar! Aceite essa minha súplica! Mesmo que tu também não entendas... Oh! Tempo...

Tempo... caça-me segundo a segundo, mas agora deixe-me em paz!

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